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Cuiaba - MT / 4 de outubro de 2024 - 20:11

Vereadores de Cuiabá aprovam retirada de R$ 6 milhões de medicamentos para compra de móveis causando Polêmicas

A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou nesta terça-feira (27/08), em uma decisão de divide opiniões, um projeto de lei que desvia R$ 6 milhões originalmente destinados à compra de medicamentos para a aquisição de mobiliário e equipamentos médicos.

A proposta, encabeçada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), passou por uma margem apertada de 13 votos a favor e 10 contra, em meio a acusações de falta de transparência e priorização equivocada de recursos da saúde.

O projeto, aprovado em regime de urgência, prevê a retirada de R$ 4,5 milhões das unidades de saúde de atenção secundária e terciária e R$ 1,5 milhão da atenção básica, recursos que originalmente seriam usados para medicamentos e insumos essenciais.

A sessão foi marcada por debates acalorados e acusações mútuas. A vereadora Maysa Leão (Republicanos), em oposição ferrenha ao projeto, não poupou críticas: “Este texto é obscuro, mal escrito, mal explicado e sem qualquer transparência. Estamos diante de uma manobra que pode comprometer seriamente o atendimento à saúde em nossa cidade.”

Já o vereador Fellipe Corrêa (PL) foi além, sugerindo possíveis irregularidades: “Esta Câmara está sendo conivente com a corrupção na saúde, que mata pessoas e que bota dinheiro na campanha de determinadas pessoas, porque não há justificativas para essa mudança.”

Em contrapartida, o presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), defendeu a legalidade do processo, afirmando que o projeto está em tramitação desde julho e foi devidamente aprovado pelas comissões competentes. No entanto, sua posição gerou ainda mais controvérsia, considerando que ele votou a favor do projeto apesar de ser do mesmo partido de um dos principais críticos.

A votação final revelou uma Câmara profundamente dividida:

SIM (13 votos): Chico 2000 (PL), Aroldo Telles (PRD), Adevair Cabral (Solidariedade), Lemes (PSD), Lilo Pinheiro (PP), Marcrean Santos (MDB), Marcus Brito Júnior (PV), Paulo Henrique (MDB), Professor Mário Nadaf (PV), Renivaldo Nascimento (PSDB), Rogério Varanda (PSDB), Sargento Vidal (MDB), Wilson Kero Kero (PMB)

NÃO (10 votos): Cezinha Nascimento (União), Dilemário Alencar (União), Dr Luiz Fernando (União), Eduardo Magalhães (Republicanos), Fellipe Corrêa (PL), Maysa Leão (Republicanos), Michelly Alencar (União), Robinson Cireia (PT), Sargento Joelson (PSB)

AUSENTE (1): Dídimo Vovô (PSB)

Esta decisão levanta sérias questões sobre as prioridades na gestão da saúde municipal de Cuiabá. Enquanto a prefeitura argumenta que a melhoria da infraestrutura é necessária, críticos apontam que a falta de medicamentos pode ter consequências imediatas e graves para a população.

A oposição já sinalizou que não pretende deixar o assunto morrer, prometendo continuar questionando a medida e possivelmente buscando meios legais para revertê-la.

Fonte: Redação

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Cuiaba - MT / 4 de outubro de 2024 - 20:11

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