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Tarifaço dos EUA pressiona economia e deve encarecer produtos no Brasil

Alta do dólar e nova taxa de 50% sobre exportações brasileiras podem impactar preços de alimentos, combustíveis, medicamentos e eletrônicos

Economia | 31 de julho de 2025, 08h23

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto que oficializa a aplicação de uma tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros. A decisão deve gerar impactos imediatos na economia nacional, afetando desde o câmbio até o custo de vida da população brasileira.

Com a nova medida, especialistas alertam que o bolso do consumidor será diretamente atingido, mesmo daqueles que não possuem relação direta com o setor de exportação. Isso porque, com a expectativa de queda nas exportações para os EUA, a entrada de dólares no Brasil tende a diminuir, o que provoca desvalorização do real frente à moeda americana.

Esse cenário eleva os custos de produtos cotados em dólar, como gasolina e diesel, além de itens importados como medicamentos, eletrônicos, alimentos industrializados e peças automotivas.

A medida deve entrar em vigor em sete dias, tempo suficiente para que os primeiros reflexos cheguem ao mercado consumidor. A desvalorização cambial tende a acelerar a inflação, impactando principalmente os setores mais sensíveis do mercado interno e comprometendo o poder de compra da população.

“Tudo o que consumimos tende a ficar mais caro. O pão, por exemplo, sobe de preço porque alguns dos insumos adicionados à farinha, como ferro e ácido fólico, são importados da Índia e da China”, explica o especialista em comércio exterior Jackson Campos.

Além disso, o petróleo e o gás natural – commodities também cotadas em dólar – devem acompanhar essa elevação, afetando tanto o custo de transporte quanto o preço final de produtos nas prateleiras.

Silvio Azevedo, estrategista financeiro, destaca que o impacto da nova tarifa vai além da inflação:

“A valorização do dólar corrói o poder de compra das famílias e pode aprofundar desigualdades regionais. Setores como o de sucos, carnes e café, fortemente ligados à exportação, sofrerão queda nas vendas, o que pode gerar desemprego em áreas mais dependentes do comércio exterior.”

O especialista ainda aponta que o aumento da inflação, combinado com taxas de juros elevadas, deve restringir o acesso ao crédito e comprometer a atividade econômica interna, prejudicando principalmente pequenos negócios.

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