No ofício em que pediu autorização para visitar Bolsonaro nesta quinta-feira, Tarcísio disse ser “correligionário e amigo” do capitão reformado e que considera que há razões “político-institucionais” e “humanitárias” que justificariam a autorização por Moraes.
A defesa de Bolsonaro informou que ele concordou com a visita, e Moraes autorizou o encontro. Mais cedo, em Brasília, Tarcísio participou da cerimônia de promoção dos generais da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). O governador não discursou e manteve postura discreta durante o evento.
Além de Tarcísio, também foram permitidas as visitas da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão(PP), dos deputados Zucco (PL-RS), Junio Amaral (PL-MG) e Marcelo Moraes (PL-RS) e do empresário Renato de Araújo Corrêa, de Angra dos Reis (RJ).
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde segunda-feira, 4, por descumprir medidas cautelares anteriores impostas pelo STF.
Inicialmente, as medidas foram determinadas no último dia 18, no inquérito que apura conduta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e investiga crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
As medidas incluíam, além do uso de tornozeleira eletrônica, que Bolsonaro não usasse as redes sociais, mesmo por meio de aparelhos e contas de terceiros.