Anúncio

Cuiaba - MT / 17 de agosto de 2025 - 9:45

Oposição impede abertura de sessão e gera atrito com esquerda

FELIPE PEREIRA

DO UOL

A Câmara dos Deputados tem mais um dia de bate-boca, gritaria e ameaças de luta corporal hoje. A confusão ocorre porque a oposição ocupou as cadeiras da Mesa Diretora do plenário e impediu a abertura da sessão após a volta do recesso.

Os deputados Rogério Correia (PT-MG) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) prometeram bater um no outro. Foi preciso segurar o mineiro de 67 anos, que tentava ir na direção dos parlamentares da direita. Deputados da esquerda pediam calma e afirmavam que a oposição tentava criar um factoide.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Na mesma hora, Bilynskyj debochava e respondia que não bate em idoso. Ao redor deles, deputados da esquerda e direita trocavam insultos e acusavam os adversários de desrespeitar a Constituição.

A oposição ocupou as cadeiras da Mesa, que coordena os trabalhos do plenário. Eles colocaram esparadrapos na boca e não deixaram que a sessão fosse aberta.

A esquerda classificou a atitude como um novo 8 de Janeiro. Os parlamentares reclamaram que desta forma a direita impedia o Poder Legislativo de trabalhar, o que seria uma afronta à democracia.

A presidência da Câmara ordenou o esvaziamento do plenário. Somente parlamentares podiam ter acesso ao local. As outras pessoas foram retiradas pela Polícia Legislativa.

‘Guerra total’

Os bolsonaristas prometeram usar todas as armas para impedir o funcionamento do Congresso. A expectativa é que a mesma forma de protesto, ocupar as cadeiras da Mesa e colocar esparadrapo na boca, seja usada no Senado.

Líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ) disse que agora é “guerra total”. O deputado justificou que houve uma escalada por parte de Alexandre de Moraes ao decretar prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Um dia depois dessa decisão, ele disse que a postura será respondida com atitudes contundentes por parte da direita.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a votação de três medidas. Uma delas representa encerrar o processo no STF contra Jair Bolsonaro.

O PL tem até uma estratégia para votar a anistia. O partido ocupa a vice-presidência da Câmara com Altineu Cortês (RJ) e o deputado afirmou que colocará a anistia na pauta caso assuma a “presidência plena”.

Isto acontece se o presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), sair do país. A assessoria de Motta foi procurada e não se pronunciou. O espaço está aberto para futuro manifestação.

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Anúncio

Cuiaba - MT / 17 de agosto de 2025 - 9:45

LEIA MAIS