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Cuiaba - MT / 19 de agosto de 2025 - 16:56

ONU Mulheres alerta sobre falta de apoio às afegãs que retornam à casa

Desde que retomou o poder no Afeganistão, há quatro anos, o Talibã – as autoridades de facto – no país têm emitido decretos contra a liberdade de meninas e mulheres e o direito delas de ter acesso à educação e trabalhar.

Nesta quinta-feira, a ONU Mulheres alertou para a piora dessa situação para afegãs que retornam do exílio no Irã e no Paquistão e que estão enfrentando riscos maiores de casamento precoce, empobrecimento e insegurança.

Forçados a retornar

No comunicado, Alerta de Gênero, a agência da ONU ressalta a restrição dos direitos das mulheres em meio à crise econômica, choques climáticos e imensas necessidades humanitárias como alguns dos desafios enfrentados pelo país.

Muitos afegãos fugiram em 2021

Desde setembro de 2023, mais de 2,4 milhões de migrantes afegãos sem documentos retornaram, ou foram forçados a retornar, do Paquistão e do Irã. No caso do Itã, um terço dos que retornam são mulheres. Já metade dos afegãos que voltam do Afeganistão é do sexo feminino.

A ONU Mulheres lembra, que em muitos casos, os afegãos não conhecem o país, jamais viveram ali, não têm renda ou acesso ao sistema de seguridade social.

A representante da ONU Mulheres no Afeganistão, Susan Ferguson, lembra que as comunidades afegãs já estão sobrecarregadas e não têm como oferecer abrigo e uma forma de sustento para meninas e mulheres.

Medo de ser despejada

Atualmente, apenas 10% das famílias chefiadas por mulheres vivem em abrigos permanentes, quase quatro em cada 10 temem ser despejadas e todas as meninas estão proibidas de frequentar o ensino médio.

Muitas mulheres contavam com o apoio de trabalhadoras humanitárias nas fronteiras, mas com o corte de verbas de ajuda externa, existem cada vez menos profissionais para orientar as afegãs que voltam ao país.

Por causa da cultura islâmica, as mulheres humanitárias são obrigadas a ser acompanhadas por um guardião masculino, ou mahram, durante as viagens.

Corte de verbas

No entanto, “os cortes no financiamento reduziram drasticamente o apoio dos funcionários ao mahram” nas províncias de Kandahar e Nangarhar.

Cerca de 2,5% dos que retornam têm deficiências

O diretor da organização Care, no Afeganistão, que apoia a ONU Mulheres, Graham Davison, afirmou que muitas famílias chegam angustiadas, desorientadas e sem esperança.

O Afeganistão já enfrenta uma das crises humanitárias mais graves do mundo, impulsionada por décadas de con

FONTE : News.UN

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Cuiaba - MT / 19 de agosto de 2025 - 16:56

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