Em meio ao conflito de Israel com o movimento islamista palestino e com os setores de linha-dura do governo, alguns acreditam que chegou a hora de fazê-lo. Aos veteranos de Gush Katif, somou-se uma nova geração de possíveis colonos prontos para entrar na Faixa de Gaza, se o Exército assim permitir.
“Como movimento, as mil famílias que você vê marchando hoje estão prontas para entrar já e viver em barracas”, afirmou Daniella Weiss, 79, ex-prefeita do assentamento de Kedumim, na Cisjordânia. “Estamos prontos, com nossos filhos, para entrar imediatamente em Gaza, porque acreditamos que essa é a forma de trazer tranquilidade, paz, de acabar com o Hamas”, disse à AFP.
Grupos de extrema direita se juntaram ao protesto e marcharam até a fronteira aos gritos de “Gaza, nossa para sempre!”, enquanto alto-falantes proclamavam: “A forma de derrotar o Hamas é retomando a nossa terra!”
– Deus e governo –
Grande parte da Faixa de Gaza foi destruída pela ofensiva israelense lançada em resposta aos ataques do Hamas de 7 de outubro de 2023, que deixaram 1.200 mortos.
Desde então, mais de 60.000 palestinos morreram no conflito, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas. ONGs internacionais acusaram Israel de deslocar civis à força e de cometer crimes de guerra.