Ministério Público argumentou que durante as operações, tocou investigação própria. Paralelamente ao trabalho da Polícia Civil, o MPSP diz que avaliou cada caso de morte e ofereceu sete denúncias contra 13 agentes envolvidos.
Foram analisados os depoimentos de 92 pessoas. Além disso, foram colhidos 167 interrogatórios, 166 horas de vídeos e 330 filmagens.
Operações provocaram 86 mortes na Baixada Santista entre 2023 e 2024. Testemunhas, familiares e vizinhos de pessoas mortas pela polícia, apontaram que policiais militares executaram, torturaram, ameaçaram, forjaram provas e alteraram cenas de crime em ações dezenas de ações.
Por outro lado, a Polícia Militar disse que sufocou o crime organizado na região. De acordo com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), foram apreendidos 1.025 criminosos e 119 armas de fogo. A pasta informou que todas as ações foram “rigorosamente investigadas” pela Polícia Civil e Militar.
Importante também ressaltar que a fundamentação da decisão dos promotores de Justiça está detalhada nos autos, bem como é imprescindível salientar que a promoção de arquivamento foi ratificada pelo Poder Judiciário.
MPSP, em nota
Caso do homem de muleta morto foi arquivado
Morte de Leonel Andrade dos Santos foi um dos casos de maior repercussão entre os arquivados pelo MP. Ele foi atingido por tiros enquanto conversava com um amigo, também baleado. Leandro foi flagrado de muletas em uma foto momentos antes do ocorrido e estaria impossibilitado de portar uma arma por conta de sua deficiência, segundo sua defesa.