O procurador-geral, Alejandro Gertz, reafirmou, nesta terça-feira, que a fazenda, localizada no município de Teuchitlán (estado de Jalisco), “era um centro de recrutamento, operações e capacitações” e que os laudos periciais realizados não indicam que alguém tenha sido cremado no local.
“Solicitamos um teste do solo, dos materiais de pedra e dos materiais de construção em toda a propriedade para determinar se havia pegadas suficientes para uma ação de cremação. Não encontramos”, afirmou o funcionário durante a coletiva matinal da presidente Claudia Sheinbaum.
Gertz acrescentou, no entanto, que este resultado “não é suficiente” para o Ministério Público, que solicitou exames laboratoriais à Universidade Nacional Autônoma do México para “confirmar ou retificar” as conclusões de seu gabinete.
As investigações sobre a chamada fazenda Izaguirre foram assumidas pela Procuradoria Geral da República (FGR) por pouco mais de 15 dias, após denunciar que o Ministério Público de Jalisco havia incorrido em diversas irregularidades.
Gertz também informou que 15 pessoas foram presas até agora no caso e que, com base no depoimento de três delas, foi possível estabelecer “com precisão” o uso que a fazenda possuía.
O caso Teuchitlán teve forte repercussão na imprensa local em um país com mais de 120.000 pessoas desaparecidas, a maioria desde 2006, quando o governo federal lançou uma criticada operação militar antidrogas.