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Cuiaba - MT / 19 de agosto de 2025 - 8:26

Morre o músico Eddie Palmieri, aos 88 anos, nos EUA

Eddie Palmieri, que revolucionou a música latina e contribuiu para a explosão da salsa em Nova York, morreu nesta quarta-feira (6), aos 88 anos, nos Estados Unidos.

“O lendário pianista, compositor, líder de banda e uma das figuras mais influentes da história da música latina morreu em sua casa em Nova Jersey”, diz sua conta no Instagram, junto com uma foto do artista.

O Fania Records, o emblemático selo da salsa, lamentou a morte do músico, a quem classificou como “um dos mais inovadores e únicos artistas na história da música”.

“Sentiremos muito sua falta”, acrescentou.

Filho de porto-riquenhos, Palmieri nasceu em Nova York, no bairro do Harlem. Irmão do pianista Charlie Palmieri, entrou na cena musical muito jovem.

Teve aulas de piano na adolescência no Carnegie Hall, que alternou com o aprendizado dos timbales.

Começou a tocar profissionalmente em bandas antes de atingir a maioridade, incluindo um período de dois anos junto ao músico porto-riquenho Tito Rodríguez.

Em 1961 fundou a banda La Perfecta, que redefiniu a salsa com o uso de trombones em vez de trompetes. Quatro anos depois, seu “Azúcar Pa’ Ti” se tornaria um sucesso nas pistas de dança que décadas mais tarde também ganharia espaço na coleção da Biblioteca do Congresso americano.

Palmieri é reconhecido por ter revolucionado o som do jazz latino e da salsa, e por sua longa carreira que abrangeu mais de sete décadas.

Em 1975, tornou-se o primeiro artista latino a conquistar um Grammy com o álbum “The Sun of Latin Music”, que triunfou na então estreante categoria de melhor gravação latina.

Em sua vasta carreira, o músico obteve oito Grammys, o último deles por “Simpático”, em 2006, no gênero de jazz latino.

Em 1969, lançou o álbum “Justicia”, cujas letras abordam a desigualdade, a justiça social e a discriminação, e contou com as vozes de Ismael Quintana e Justo Betancourt.

Pouco depois, em 1972, apresentou-se em Sing Sing, uma prisão em Nova York, diante de um público em que predominavam latinos e negros, de acordo com o jornal The Washington Post.

“Para toda a humanidade!”, gritou Palmieri em um alto-falante no pátio da prisão, segundo relatou o jornal. Disse ainda que não deveria haver muros e medos, “só uma coisa na vida: liberdade nos anos vindouros”.

“Foi mentor, mestre e defensor incansável da música e da cultura latinas. Inspirou gerações de músicos e comoveu inúmeros ouvintes com sua arte, sua convicção e seu som inconfundível”, destacou sua conta na rede social.

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Cuiaba - MT / 19 de agosto de 2025 - 8:26

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