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A proposta em debate consiste em uma anistia pós-condenação para Jair Bolsonaro e outros que réus que serão sentenciados golpe de Estado.
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A proposta em debate consiste em uma anistia pós-condenação para Jair Bolsonaro e outros que réus que serão sentenciados golpe de Estado.
PAULO CAPPELLI
PETRÔNIO VIANA
DO METRÓPOLES
Em conversas reservadas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) discutem uma espécie de “recuo possível” para a Corte diante da crise com o governo dos Estados Unidos. A proposta em debate consiste em uma anistia pós-condenação para Jair Bolsonaro e outros que réus que serão sentenciados golpe de Estado.
A alternativa busca evitar novas sanções dos EUA e, ao mesmo tempo, manter o entendimento do STF pela condenação de Bolsonaro. Na prática, o Supremo condenaria os acusados, mas não se movimentaria para derrubar uma eventual anistia aprovada pelo Congresso Nacional.
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Embora o “recuo possível” não altere o curso do julgamento de Bolsonaro, representaria uma mudança significativa, uma vez que a Corte manteria a decisão do Congresso mesmo que governistas judicializem a anistia alegando inconstitucionalidade. Uma preocupação de magistrados do STF é se essa medida seria, de fato, capaz de conter a ofensiva norte-americana, já que Bolsonaro seria condenado.
Por outro lado, a possibilidade de tornar Bolsonaro elegível para as eleições presidenciais do ano que vem, como deseja Donald Trump, não é sequer cogitada por integrantes do Supremo.
As pautas no Congresso
A oposição mantém a cobrança sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta, para que dois projetos sejam pautados na Casa. O primeiro se refere ao fim do foro privilegiado, tirando do STF as ações contra deputados e senadores.
A medida incentivaria o Congresso à aprovação do outro projeto cobrado pela oposição junto a Motta: o que anistia réus e condenados pelos atos do 8 de Janeiro. Atualmente, parlamentares com processos no Supremo dizem temer suposta retaliação caso contrariem a posição de ministros.