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Cuiaba - MT / 16 de junho de 2025 - 16:10

Ministério Público da França pede 7 anos de prisão para Sarkozy por acusação de financiamento ilegal de campanha

O Ministério Público da França pediu nesta quinta-feira (27) uma condenação a sete anos de prisão para o ex-presidente conservador Nicolas Sarkozy por supostamente financiar sua campanha eleitoral de 2007 com dinheiro recebido ilegalmente da Líbia.

Além da detenção, a Promotoria solicitou o pagamento de uma multa de € 300 mil (R$ 1,86 milhão). Sarkozy manteve uma uma expressão séria no banco dos réus.

Os promotores pediram penas de prisão de seis e três anos, respectivamente, além de multas, contra seus ex-ministros Claude Guéant e Brice Hortefeux, por supostamente ajudá-lo a forjar um esquema de corrupção com o ditador líbio Muammar Gaddafi (1942-2011).

Durante o julgamento, na última terça, o procurador Quentin Dandoy reconheceu, porém, não haver “proporção entre as somas pagas no pacto de corrupção”, cerca de € 6 milhões (R$ 37 milhões), segundo a acusação, “e o dinheiro em espécie encontrado na campanha”, algumas dezenas de milhares de euros.

“Não estabelecemos a existência de um sistema de faturas falsas nem apresentamos provas de que os prestadores de serviços receberam pagamentos em dinheiro”, declarou. “Mas há um rastro desse dinheiro em espécie. Mínimo, mas há rastro.”

A procuradoria pede que Sarkozy seja declarado culpado de corrupção passiva, encobrimento de desvio de fundos públicos e associação para delinquir. Por sua vez, os ex-ministros Claude Guéant, Eric Woerth e Brice Hortefeux devem ser declarados culpados de cumplicidade neste crime, apontou Dandoy.

A Justiça da França já havia condenado o ex-presidente à prisão em fevereiro de 2024 por financiamento ilegal de sua campanha nas eleições presidenciais de 2012. Este foi o segundo veredicto e veio de um tribunal de segunda instância —Sarkozy já havia sido condenado em 2021.

A última sentença, do ano passado, era de um ano de prisão, metade do qual já havia sido suspenso. Os seis meses restantes puderam ser cumpridos em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica, sem a necessidade de ir para um presídio.

Na primeira condenação, em 2021, Sarkozy recebeu uma sentença de três anos de prisão, dois dos quais também foram suspensos pelo tribunal. Como sua defesa também recorreu na época, a pena não precisou ser cumprida.

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