Um estudo publicado nesta segunda-feira (7) refuta a ideia de uma dominância masculina amplamente difundida entre os primatas, o que oferece uma visão muito mais relativizada das relações entre os sexos opostos em macacos e lêmures.
“Durante muito tempo mantivemos uma visão completamente binária sobre a questão: pensava-se que uma espécie era dominada por machos ou por fêmeas, e que isso era um traço fixo. Recentemente, essa ideia foi questionada por estudos que mostraram que é muito mais complicado”, explica à AFP a primatologista Elise Huchard, primeira autora do estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
“Estamos apenas começando a nos perguntar sobre os fatores que influenciam essa flexibilidade”, como a demografia do grupo ou a proporção macho/fêmea, afirma a pesquisadora do CNRS que trabalha na Universidade de Montpellier (sul da França).