Montagem/RepórterMT
Almir Monteiro dos Reis espancou, estuprou e assassinou a advogada Cristiane Tirloni, em agosto de 2023, em Cuiabá
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Almir Monteiro dos Reis espancou, estuprou e assassinou a advogada Cristiane Tirloni, em agosto de 2023, em Cuiabá
VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
A Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 25 de setembro, às 9h, o julgamento pelo Tribunal do Júri do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, que assassinou a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, em agosto de 2023, em Cuiabá. A sessão acontecerá na capital mato-grossense.
O assassino havia tentado se livrar do júri popular alegando que é esquizofrênico e que não pode responder pelo crime, mas, em junho deste ano, teve um recurso negado pelo ministro Otávio de Almeida Toledo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Na decisão, Otávio de Almeida determinou que a Justiça estadual marcasse a data do julgamento.
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Ele será julgado pelos crimes de feminicídio qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima; estupro de vulnerável; ocultação de cadáver e fraude processual.
Antes de matar a advogada, ele já colecionava uma extensa ficha criminal com registros de roubo e furto e chegou a ser acusado de liderar uma quadrilha especializada em roubo de postos de combustíveis.
Em 2015 ele foi expulso da corporação da Polícia Militar.
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Feminicídio
Almir e Cristiane se conheceram no dia 12 de agosto de 2023, em um bar próximo a Arena Pantanal, em Cuiabá. Logo em seguida, eles foram para a casa de Almir, no bairro Santa Amália.
No local, eles se desentenderam, pois a vítima se recursou a ter relações sexuais com o homem. Após a recusa, o assassino a espancou, a estuprou e, por fim, a matou por asfixia.
Com Cristiane já sem vida, na madrugada do dia 13, o feminicida limpou a casa para apagar as marcas de sangue.
No final da tarde, ele colocou o corpo da vítima dentro do carro, colocou óculos escuros no rosto dela e a abandonou no Parque das Águas. Pouco tempo depois ela foi encontrada pela polícia.
Na manhã do dia 14, Almir foi preso na casa dele.
No início do ano passado, o feminicida chegou a ser submetido a um laudo pericial que, embora tenha confirmado que ele possui transtorno mental, constatou que, ele tinha total compreensão de que estava cometendo um crime quando matou a advogada Cristiane Castrillon. Sendo assim, o julgamento ocorrerá pelo Tribunal do Júri.