O governo congelou cerca de 3,2 bilhões de dólares (R$ 17,9 bilhões) em subsídios federais e contratos com esta integrante da Ivy League, que reúne as universidades mais prestigiadas do país, e a excluiu de futuros auxílios, além de ameaçar anular suas isenções fiscais.
Trump também visou os estudantes internacionais de Harvard, que representam 27% do total de matriculados para o ano acadêmico de 2024-2025 e são uma importante fonte de receitas.
Em sua demanda, Harvard reconheceu que Trump tinha autoridade para proibir a entrada de todo um grupo de alunos estrangeiros se a medida fosse considerada de interesse público, mas destacou que este não era o caso da última decisão.
“Portanto, as medidas do presidente não foram tomadas para proteger os ‘interesses dos Estados Unidos’, mas para efetuar uma vingança do governo contra Harvard”, afirmou.
Embora a medida afete potenciais novos estudantes, os alunos que já estudam na universidade mais antiga do país, localizada em Cambridge, perto de Boston (nordeste), não sabem se poderão voltar depois das férias de verão.
Um estudante indiano da Harvard Kennedy School of Government, que preferiu não revelar seu nome por medo de represálias, disse que “sabíamos que seria um verão longo”, mas que “ainda não recebemos nada de Harvard”, o que “não é surpreendente, embora seja preocupante”.