Reprodução
Gilberto Rodrigues dos Anjos está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
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Gilberto Rodrigues dos Anjos está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
VANESSA MORENO
DO REPÓRTERMT
Gilberto Rodrigues dos Anjos não participará presencialmente do julgamento marcado para a próxima quinta-feira (07), no Tribunal do Júri de Sorriso. Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e comunicou à Defensoria Pública de Mato Grosso, responsável por sua defesa, que optou por participar da sessão por videoconferência e o pedido foi atendido pela Justiça.
Gilberto responde pelo assassinato de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos; Miliani Calvi Cardoso, de 19; Manuela Calvi Cardoso, de 13; e Melissa Calvi Cardoso, de 10. Três delas foram estupradas pelo assassino.
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O crime aconteceu em novembro de 2023.
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Em julho, a Defensoria Pública havia pedido a Justiça a transferência do local do julgamento do assassino, alegando dúvidas sobre a imparcialidade dos jurados e temendo pela segurança pessoal do réu. No entanto, as alegações foram rejeitadas e o tribunal do júri foi mantido em Sorriso, mesma cidade onde Gilberto cometeu o crime.
A sessão de julgamento será realizada a partir das 8h.
Regras
O juiz Rafael Depra Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso, determinou, no último dia 31 de julho, algumas regras para o tribunal do júri de Gilberto Rodrigues dos Anjos, que acontecerá no plenário da 1ª Vara Criminal de Sorriso.
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O local tem capacidade para 120 pessoas e, desse número, 20 lugares será reservado para a imprensa.
Além disso, o julgamento não será transmitido ao vivo e está proibido o uso de quaisquer aparelhos eletrônicos em plenário, tais como telefones, smartphones, gravadores de voz, tablets, câmeras, notebooks, entre outros.
Apenas a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) poderá fazer gravações de áudios e vídeos referentes ao júri popular e, posteriormente, disponibilizá-los de forma controlada aos veículos de imprensa.
Conforme decisão do juiz, cada veículo de comunicação poderá ter apenas um representante acompanhando o júri popular e é preciso fazer o credenciamento prévio. Chamadas, atualizações sobre o andamento do julgamento e qualquer atividade jornalística deverão ocorrer fora do plenário
Familiares das vítimas também poderão participar, desde que comprovem o grau de parentesco e proximidade.
Caso haja disponibilidade no local, outras autoridades poderão assistir, mas a manifestação pública dentro do plenário será proibida, a fim de criar eventual politização.
O crime
Gilberto Rodrigues dos Anjos trabalhava em uma construção, em novembro de 2023, quando invadiu uma casa ao lado e matou Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos; Miliani Calvi Cardoso, de 19; Manuela Calvi Cardoso, de 13; e Melissa Calvi Cardoso, de 10.
Ele responde por homicídio qualificado, estupro e estupro de vulnerável.
Com relação à Clecy e Miliane, que são maiores de idade, o crime vem acompanhado de quatro qualificadores, sendo feminicídio, recurso que dificultou a defesa da vítima, meio cruel e meio para assegurar a execução de outro crime.
Com relação às vítimas menores de idade, Manuela e Melissa, além das quatro qualificadoras, ainda pesa sobre ele a qualificadora de ambas serem menores de 14 anos.
As quatro vítimas foram mortas pelo criminoso entre os dias 24 e 25 de novembro de 2023.
À polícia, ele contou que entrou na casa pela janela do banheiro e se deparou com Clecy no corredor. Ele a jogou no chão e a esfaqueou no pescoço.
Em seguida, ele entrou no quarto da filha mais velha e a do meio e também cortou os pescoços delas.
Por fim, ele entrou no quarto da caçula e a matou por asfixia.
Enquanto as vítimas agonizavam no chão, ele cometeu o estupro contra três delas, exceto a mais nova.