“Sejamos claros: os palestinos não buscam um Estado ao lado de Israel, o que buscam é um Estado no lugar de Israel”, acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, disse, nessa mesma linha, que um “Estado palestino será um Estado do Hamas”, o movimento islamista que controla Gaza e cujo ataque contra Israel de 7 de outubro de 2023 desencadeou a guerra atual no território palestino.
E o vice-primeiro-ministro israelense, Yariv Levin, afirmou que a “vergonhosa decisão” da França implica que agora é “a hora de aplicar a soberania israelense” na Cisjordânia, o outro território palestino ocupado por Israel desde 1967.
O mesmo raciocínio foi utilizado pelo ministro das Finanças de extrema direita, Bezalel Smotrich. Para ele, o anúncio francês dá “a Israel um motivo suplementar” para anexar a Cisjordânia e “pôr fim de uma vez por todas à perigosa ilusão de um Estado palestino terrorista”.
Precisamente nesta quarta-feira, o Parlamento israelense aprovou uma decisão não vinculante que insta o governo a impor sua soberania sobre a Cisjordânia, uma antiga reivindicação da extrema direita no país.
Mas a decisão francesa também recebeu duras críticas da oposição a Netanyahu. O ex-primeiro-ministro Naftali Bennett, que competirá com o atual premiê nas eleições de 2026, a descreveu como um sinal de “afundamento moral”.