“As questões pendentes são graves intromissões em aspectos centrais da autoridade absoluta e irrevogável do Poder Executivo”, escreveram os advogados do Departamento de Justiça.
O processo aumenta uma disputa que gerou a preocupação de que Trump esteja ampliando ainda mais os limites do Poder Executivo às custas do Judiciário, que, de acordo com a Constituição dos EUA, é um ramo coigual do Estado norte-americano.
Críticos de Trump e alguns especialistas jurídicos expressaram preocupação com uma possível crise constitucional iminente se seu governo desafiar abertamente as decisões judiciais.
Em uma publicação em rede social na terça-feira, Trump pediu o impeachment de Boasberg em um processo parlamentar que poderia levar à remoção, descrevendo o juiz como um “agitador e causador de problemas” de extrema-esquerda. Boasberg foi nomeado para o cargo pelo ex-presidente democrata Barack Obama.
Os comentários do presidente levaram a uma rara declaração de Roberts, que é membro da maioria conservadora da Suprema Corte dos EUA. Roberts disse que a apelação de decisões judiciais, e não o impeachment de um juiz, era a resposta apropriada para discordar da decisão de um magistrado.
O Departamento de Justiça pediu a Boasberg que adiasse a execução de sua ordem de terça-feira exigindo que o governo apresente mais detalhes — que não seriam divulgados — sobre quando exatamente os aviões do governo dos EUA que transportaram migrantes venezuelanos a serem deportados para El Salvador decolaram e aterrissaram. O juiz está tentando determinar se o governo desafiou sua ordem contra esses voos.