Redação MT Destaque (foto: GC Noticias)
07/07/2025 – 08h00
Silvana Souza de Freitas Gonçalvez, ex-tabeliã substituta da cidade de Pontes e Lacerda (MT), foi condenada a 20 anos de prisão em regime fechado por ter sido a mandante do assassinato de sua ex-funcionária, Vilmara de Paula, executada a tiros em 2007.
A decisão foi proferida pelo Tribunal do Júri no fim de junho, após a anulação de um primeiro julgamento ocorrido em 2024. Conforme o Ministério Público Estadual (MPE), Silvana e familiares teriam pago R$ 10 mil pela execução do crime, que ficou conhecido na região como o “crime do cartório”.
O júri popular reconheceu as qualificadoras de homicídio mediante pagamento e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Na sentença, o juiz Luiz Antônio Muniz Rocha destacou como agravantes a premeditação e o fato de o assassinato ter ocorrido diante do filho de Vilmara, determinando a prisão imediata da ré. Ele ressaltou o impacto social do crime e a gravidade das circunstâncias.
Segundo as investigações, Vilmara havia sido demitida do cartório da família de Silvana após denunciar supostas irregularidades internas. A vítima moveu uma ação trabalhista e ingressou com pedido de indenização de R$ 870 mil por danos morais. Ainda de acordo com os autos, ela também relatava sofrer constantes humilhações por parte da ex-patroa, o que pode ter motivado o crime.
O homicídio ocorreu na noite de 27 de junho de 2007, por volta das 18h, nas proximidades do “Bar do Tonho”, em Pontes e Lacerda. O autor dos disparos foi Márcio da Cruz Pinho, que trabalhava como vigia noturno e já foi condenado. Outros envolvidos também foram responsabilizados, incluindo o policial militar Aurindo Soares, sentenciado a 21 anos de prisão por intermediar a contratação do executor.