APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Jr., foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter contratado uma empresa fantasma que teria recebido, em repasses ao longo de 26 meses, o montante de R$ 2,7 milhões.
Conforme a peça do MPF, já havia uma empresa que fazia a limpeza das unidades da cooperativa médica, o Grupo Morena, e mesmo assim foi feito um novo contrato com Alyander Bielik Rubio LTDA.
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Os indícios de que a Alyander nunca executou qualquer serviço à Unimed Cuiabá foram reforçados por depoimentos do ex-coordenador do setor de suprimentos da cooperativa, Osvaldo Nilson Felipe da Silva, responsável pela manutenção e limpeza da estrutura da operadora do plano de saúde, que disse que nunca viu nenhum serviço ser prestado pela Alyander Bielik Rubio LTDA, do mesmo modo como nunca conheceu nenhum funcionário da referida terceirizada.
Ainda em seu depoimento, o ex-coordenador afirmou que a empresa foi contratada “diretamente pelo departamento jurídico”, à época comandada pela advogada Jaqueline Larréa.
Além de Rubens, o contrato com a empresa Alyander Bielik Rubio LTDA foi assinado por Larréa e Suzana Palma, que ocupava o cargo de diretora administrativo-financeira.
Os três chegaram a ser presos em operação da Polícia Federal em outubro do ano passado por suposta participação em um esquema que resultou em um rombo de R$ 400 milhões nas contas da operadora.
Há indícios de que o contrato tenha sido firmado após o fim do mandato de Rubens, quando ele não tinha mais poderes para falar pela Unimed Cuiabá, com data retroativa. A fraude incluiria outros documentos, que estão sendo analisados pelos investigadores.
