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Cuiaba - MT / 2 de agosto de 2025 - 17:17

Ex-presidente da Coreia do Sul deita no chão de regatas e cueca e recusa interrogatório, dizem promotores

O ex-presidente destituído da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol, que está detido enquanto responde a julgamento e enfrenta diversas investigações criminais, deitou-se no chão da cela nesta sexta-feira (1º) e, apenas de regatas e cueca, se recusou a sair para ser interrogado, disse uma porta-voz da promotoria especial.

Yoon foi removido do cargo em abril pelo Tribunal Constitucional devido à sua tentativa mal sucedida no ano passado de declarar lei marcial. Ele está sob investigação de uma equipe especial de promotores formada no mandato do novo presidente, Lee Jae Myung.

Promotores que investigam acusações de tráfico de influência ligadas a Yoon e sua esposa tentaram fazer com que ele cumprisse o mandado de prisão e comparecesse voluntariamente ao interrogatório, disse a porta-voz da promotoria especial.

“Mas o suspeito teimosamente se recusou, enquanto estava deitado no chão, sem estar vestido com o uniforme prisional”, afirmou Oh Jung-hee em entrevista coletiva. Ela disse que os investigadores tentariam novamente levá-lo para interrogatório, mesmo que precisassem usar de força. Yoon estava vestido apenas com uma camiseta regata e cueca, informou a Agência Yonhap.

Yu Jeong-hwa, um dos advogados de Yoon, disse à Reuters que detalhar o que ele estava vestindo em um espaço pequeno, onde a temperatura estava próxima de 40ºC, foi uma ofensa pública à sua dignidade e mostrou como o Estado está violando os direitos humanos dos presos.

O ex-presidente foi recolocado em uma cela solitária no Centro de Detenção de Seul em julho, enquanto os promotores que investigam sua declaração de lei marcial de curta duração em dezembro buscavam acusações adicionais contra ele.

Yoon já está sendo julgado por insurreição, uma acusação que pode resultar em pena de morte ou prisão perpétua.

Ele também enfrenta uma série de outras investigações, incluindo uma envolvendo escândalos relacionados à sua esposa, a ex-primeira-dama Kim Keon Hee, em que o casal teria exercido influência indevida sobre eleições.

Yoon nega qualquer irregularidade, e seus advogados acusam os promotores de conduzir uma caça às bruxas com motivações politicas.

O ex-presidente tem rejeitado repetidamente os pedidos de interrogatório dos promotores, alegando problemas de saúde.

Seus advogados disseram na quinta-feira que ele estava doente devido a condições preexistentes, incluindo uma que acarretava risco de perda da visão.

Em referência à posição de Yoon como ex-chefe do Ministério Público, Oh, porta-voz da promotoria especial, disse que o caso está sendo acompanhado de perto pela opinião pública.

“O suspeito tem destacado consistentemente a importância das leis, dos princípios, da justiça e do bom senso, e, por meio deste caso, as pessoas estão observando se a lei se aplica igualmente a todos”, afirmou Oh.

Separadamente, os investigadores solicitaram que a esposa de Yoon, Kim, que também nega irregularidades, compareça para interrogatório na próxima quarta-feira (6). Os advogados de Kim afirmaram que ela cooperará com a investigação.

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Cuiaba - MT / 2 de agosto de 2025 - 17:17

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