Cuiabá | 31 de julho de 2025 – 19h20
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 25 de setembro, às 9h, o julgamento do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, acusado de estuprar e matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, em agosto de 2023, em Cuiabá. A sessão será realizada pelo Tribunal do Júri, na capital.
A defesa de Almir tentou impedir o julgamento popular, alegando que ele sofre de esquizofrenia. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido. Em decisão recente, o ministro Otávio de Almeida Toledo confirmou que o réu tinha plena consciência de seus atos à época do crime e determinou a continuidade do processo.
Almir será julgado por feminicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de responder por estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e fraude processual.
Histórico criminal
Antes do assassinato, Almir já havia sido investigado por roubos, furtos e até por liderar uma quadrilha especializada em roubos a postos de combustíveis. Em 2015, foi expulso da Polícia Militar de Mato Grosso por envolvimento em atividades criminosas.
O crime
De acordo com o inquérito, Almir e Cristiane se conheceram no dia 12 de agosto de 2023, em um bar nas proximidades da Arena Pantanal. Em seguida, foram para a casa do ex-policial, no bairro Santa Amália. No local, a advogada recusou manter relações sexuais, o que teria motivado as agressões.
Ela foi espancada, estuprada e asfixiada até a morte. Na madrugada do dia 13, o autor limpou a casa para eliminar os vestígios de sangue. No fim da tarde, colocou o corpo no carro, colocou óculos escuros no rosto da vítima e a abandonou no Parque das Águas. O corpo foi localizado pela polícia ainda no mesmo dia.
Almir foi preso no dia 14 de agosto, em casa. Perícia psiquiátrica realizada posteriormente atestou que, apesar de apresentar transtornos mentais, ele tinha discernimento do que fazia na ocasião do crime.
O caso gerou comoção pública e deve atrair atenção durante o julgamento em setembro.