O prefeito Ricardo Nunes (MDB) se reuniu com vereadores da sua base, nesta terça-feira (25), e externou a posição contrária à proposta de conceder emendas impositivas na Câmara Municipal de São Paulo.
A reunião entre Nunes e os líderes de bancada que compõem a sua base teve momentos de tensão. E praticamente selou o fim da articulação dos vereadores em preparar um projeto de lei para instituir o modelo no Legislativo paulistano.
Nunes demonstrou ser contrário a qualquer texto e, inclusive, demonstrou insatisfação pelo fato de os vereadores terem incluído o tema como uma barganha em meio a discussão do projeto de lei que possibilitou mudar o nome da GCM (Guarda Civil Municipal) para Polícia Municipal.
Para o prefeito, a emenda impositiva tende a beneficiar a oposição e só deverá ter o aval dos seus inimigos na Casa.
Na discussão, Nunes pediu para os vereadores “abrirem o coração”. Na sequência, ficou impaciente e chegou a se exaltar quando o líder do Republicanos, Sansão Pereira, tentou convencê-lo da importância do modelo para as atividades dos parlamentares.
Os vereadores tentaram justificar ao prefeito que a discussão pelas emendas só entrou na pauta porque há um consenso e interesse de quase todos pela sua aprovação.
Na semana passada, como forma de mobilizar os vereadores de situação e tentar esfriar o debate das emendas impositivas, o líder do governo na Casa, Fábio Riva (MDB), já havia comunicado aos líderes de bancadas que uma parcela de R$ 2,5 milhões de emendas parlamentares já estava à disposição.
Com o repasse de R$ 2,5 milhões neste primeiro trimestre, os vereadores estão esperançosos de findar o ano com R$ 5 milhões em emendas, o mesmo valor que foi transferido em 2024.
Antes de Ricardo Nunes ter dificuldades para aprovar a mudança de nome da GCM para Polícia Municipal, o governo cogitava pagar, no máximo, R$ 3 milhões em emenda para cada vereador.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.