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Cuiaba - MT / 19 de março de 2025 - 5:00

Eduardo Bolsonaro se licencia e diz que fica nos EUA em luta contra Moraes

Deputado fez consulta ao governo Trump antes de tomar a decisão. O UOL apurou nos EUA que, antes de tomar a decisão, Eduardo Bolsonaro consultou tanto o governo de Donald Trump como sua base aliada no Congresso americano.

Conversas já tinham ocorrido durante sua participação na conferência de movimentos ultraconservadores, a CPAC, em Washington, no mês passado. Na ocasião, Trump citou a presença do brasileiro, numa sinalização interpretada como sinal de apoio. Mas, segundo fontes diplomáticas, foram as conversas com a base do presidente dos EUA que permitiram que Eduardo tomasse a decisão de se licenciar —pela Constituição, o afastamento da Câmara pode durar até 120 dias sem remuneração.

Procurado, o governo Trump se recusou a comentar a situação de Eduardo. Por meio da assessoria de Imprensa da Embaixada dos Estados Unidos, Washington se limitou a dizer que, “por política do governo dos Estados Unidos, não comenta sobre casos individuais de visto”.

Do lado do governo brasileiro, a atitude foi recebida como sinal de alerta de que algo mais enfático por parte dos EUA possa estar sendo trabalhado contra as instituições nacionais. Seja na forma de leis ou mesmo numa atuação para tentar desestabilizar o processo eleitoral de 2026.

Deputados e o PT pediram apreensão do passaporte do parlamentar do PL. Em 27 de fevereiro, quando o filho de Bolsonaro embarcou para os EUA, os deputados petistas Lindbergh Farias (RJ) e Rogério Correia (MG) e o Partido dos Trabalhadores entraram com representação contra Eduardo na Procuradoria-Geral da República, por crimes contra a soberania e as instituições brasileiras. No documento, Lindbergh diz que Eduardo “patrocina retaliações” contra o Brasil e contra Moraes. Hoje, o deputado chamou de “vitória” o licenciamento de Eduardo, pois assim “a Câmara não terá o filho de Bolsonaro como presidente da Comissão de Relações Exteriores”.

O que mais diz Eduardo Bolsonaro

O deputado disse, também apresentar provas, que há um plano para prender o ex-presidente Bolsonaro e assassiná-lo. “Não tenho dúvida de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente, assim como aconteceria com Donald Trump caso não tivesse sido reeleito agora em 2024.” Não há, no entanto, indícios ou qualquer fato concreto que indique uma estratégia de Moraes ou de integrantes do STF para matar o ex-presidente.

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Cuiaba - MT / 19 de março de 2025 - 5:00

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