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Cuiaba - MT / 14 de junho de 2025 - 18:21

É falso que AVC sofrido por youtuber tenha relação com vacina da covid-19

Por que é falso

Vacinas de vetor viral foram descontinuadas. As vacinas contra covid-19 da Janssen e da AstraZeneca, que mostraram riscos raros de doenças trombóticas, não são mais aplicadas desde 2023 (aqui e aqui), como explica o médico Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações. “Hoje a gente não utiliza mais vacina de vetor viral, porque existe um risco, mesmo que mínimo. Com opções mais seguras no mercado, essas vacinas foram descontinuadas”, afirma.

Efeitos trombóticos raros podem acontecer dias após a aplicação da vacina de vetor viral. Doenças relacionadas à formação de trombos, como trombose mesentérica, embolia pulmonar, ou mesmo AVC, como efeitos raros dessas vacinas, aparecem em no máximo 45 dias após a vacinação. “Então, qualquer um que tem um AVC hoje não tem relação com a vacina que tomou anos atrás”, explica o infectologista.

Pirulla sofreu AVC no final de maio. Amigos e familiares de Paulo Miranda Nascimento, o Pirulla, de 43 anos, não informaram nas redes sociais qual foi o tipo de AVC que ele sofreu. “Pedimos que evitem especulações e respeitem o tempo de recuperação e a privacidade do Pirulla e de seus familiares”, diz uma página que foi criada para pedir doações em apoio ao youtuber (aqui).

Fatores de risco. De acordo com o Ministério da Saúde, existem diversos fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência de um AVC, são eles: hipertensão, sobrepeso, uso excessivo de álcool, diabetes tipo 2, obesidade, colesterol alto, histórico familiar, tabagismo, uso de drogas ilícitas, sedentarismo, idade avançada e ser do sexo masculino (aqui).

Aumento de AVC entre jovens. Uma reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que entre 2008 e 2024, o número de internações no SUS de pessoas abaixo de 50 anos por AVC passou de 33,3 mil para 44,1 mil por ano. Segundo médicos ouvidos no texto, esse aumento não tem relação nenhuma com vacinas, mas com fatores de riscos que antes eram mais comuns em idosos, como pressão alta, por exemplo (leia aqui).

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Cuiaba - MT / 14 de junho de 2025 - 18:21

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