O Presidente da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais e da Comissão Especial de Observatório Socioeconômico – ambas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), conduziu nova reunião na tarde de quarta-feira (21/08), para discutir os incêndios que afetam o Pantanal .
O enfrentamento de um grande incêndio no município de Barão de Melgaço foi um dos principais assuntos do encontro, promovido no Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar, em Cuiabá.
Membros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBM/MT) explicaram as ações em andamento para tentar controlar o avanço do fogo naquela região e o deputado Avallone apresentou documento para solicitar à Marinha do Brasil equipamentos para apoiar a operação. O incêndio, único ainda não controlado no Pantanal no momento, começou numa área da Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil (RPPN) Sesc Pantanal, cerca de 15 dias após a realização de uma queima prescrita e autorizada por órgãos federais.
“Existe apenas um grande incêndio, isso é muito importante colocar. A reunião demonstrou a organização da força-tarefa que está permitindo que aqui não tenha muitos [focos] incêndios, como aconteceu em Mato Grosso do Sul.
A organização feita por todo esse grupo de instituições é que tem garantido isso. Uma pena que lá dentro do Sesc houve uma reincidência de um fogo autorizado e que não pode ser controlado”, avaliou Carlos Avallone. Na ocasião, estavam presentes à reunião representantes de órgãos como Defesa Civil, Marinha e secretarias estaduais de Meio Ambiente e Infraestrutura.
“Há um trabalho nunca antes visto do governo de Mato Grosso para fazer enfrentamento à problemática dos incêndios florestais. O que é fato também é que há uma condição climática muito desfavorável para o Corpo de Bombeiros e muito favorável para a ocorrência de grandes incêndios. Mesmo nesta condição de alto potencial de incêndios, há no Pantanal um único incêndio e esse incêndio está sendo fortemente enfrentado com a integração de diversas forças”, pontuou o comandante do CBM/MT, coronel BM Flávio Gledson Vieira Bezerra.
“Em Barão de Melgaço, temos uma frente de incêndio evoluindo próximo ao rio São Lourenço e próximo ao rio Cuiabá e estão sendo combatidas de forma integrada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, mas com participação das Forças Armadas, ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade], Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais] e também os órgãos estaduais, prefeituras municipais e produtores rurais, além do engajamento de diversos atores, como a gente viu aqui a Assembleia Legislativa”, completou o comandante do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, há cerca de 200 homens do CBM/MT para combate no Pantanal.
Apesar de todo esforço, o desafio continua grande por conta das altas temperaturas e baixa umidade do ar. Por isso, o deputado Carlos Avallone e o senador Wellington Fagundes (PL) entregaram ao comandante da Capitania Fluvial de Mato Grosso, Carlos Corrêa, um ofício para que seja verificada a possibilidade de a Marinha disponibilizar aeronaves e embarcações para apoiar a operação em Barão de Melgaço.
“Esse documento será encaminhado para o Comando Conjunto, que tem uma estrutura dentro do Ministério da Defesa e de outros órgãos participantes, e que logo após recebimento vai ser verificado qual é a disponibilidade desses equipamentos para serem empregados no combate a incêndio aqui em Mato Grosso. A formalização desse pedido é fruto de uma visita que ocorreu na nossa sede, que fica em Mato Grosso do Sul, na cidade de Ladário”, disse Carlos Corrêa, lembrando da visita que parlamentares de Mato Grosso fizeram na semana passada à Marinha.
No Pantanal já estão presentes equipamentos da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra/MT). “Nós temos patrulhas que a gente chama de patrulhas gêmeas, em Barão de Melgaço e Poconé. Hoje são compostas por seis pás-carregadeiras, duas motoniveladoras, um trator esteira e mais três caminhões pipas e também por maquinários de apoio, que são pranchas e caminhonetes”, listou o superintendente da Sinfra, João Bezerra.
O Exército também está presente e é responsável pelo apoio logístico das operações, fornece alimentação aos bombeiros e brigadistas e atua na infiltração de equipes em áreas de difícil acesso.
Fonte: Gazeta Digital