Foi eleito prefeito em 2016, assumiu em janeiro de 2017 e em março de 2018 renunciou à prefeitura para se candidatar ao governo do estado. Assumiu em 2019 e, em 2020, rompeu com Bolsonaro, em um cenário cujo pano de fundo era a eleição de 2022. Ficou desgastado, foi apontado como traidor e, meses antes do pleito, desistiu da candidatura.
Caso Tarcísio decida de fato disputar a Presidência da República no ano que vem, terá que se desincompatibilizar do governo em abril, seis meses antes do pleito.
Por isso, congressistas afirmam que, enquanto Bolsonaro estiver colocado como candidato —ainda que esteja inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) —, os outros postulantes ficam sem espaço para crescer e Tarcísio evita ser obrigado a se posicionar sobre questões nacionais. Pode dizer que está trabalhando pela população paulista e que não cabe a ele tratar sobre outros temas.
Bolsonaro tem mantido o discurso de que sairá candidato —repetindo, portanto, o movimento feito por Lula em 2018, quando, mesmo inelegível, manteve o nome até a data-limite para registro da candidatura, em agosto, quando Fernando Haddad (PT) assumiu a chapa com Manuela Dávila (então no PCdoB) como vice.
Nome da direita passa por aval de Bolsonaro
É praticamente um consenso no Congresso de que o nome da direita para concorrer à Presidência precisará ter o aval do ex-presidente Bolsonaro.