TJMT
Barroso também comentou sobre a divisão entre direita e esquerda no Brasil.
FERNANDA ESCOUTO
APARECIDO CARMO
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou, nessa segunda-feira (18), que o grande problema do Brasil não é a polarização, mas sim a intolerância e o extremismo.
A declaração foi feira durante o lançamento do projeto “Diálogos com as Juventudes”, na escola estadual Liceu Cuiabano, em Cuiabá.
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“A vida é feita de liberdade de expressão, é de cidadania. O que eu procuro compartilhar com os estudantes é que a vida é plural, a vida comporta críticas, elogios. O que nós precisamos recuperar é a civilidade, a capacidade de pessoas que pensam de maneira diferente poderem conviver com respeito e consideração”, disse ele à imprensa.
“Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo. É meu parceiro na construção de uma sociedade aberta, plural e a gente tem que conviver com o diferente. O pensamento único só existe em ditaduras. O grande problema, ao contrário do que às vezes se difunde, não é a polarização. Ideias diferentes sempre vão existir. O que aconteceu de novidade no mundo foi a intolerância, o extremismo, a incapacidade de aceitar o outro que pensa diferente […] A democracia tem lugar para todo mundo que se disponha a jogar pelas regras do jogo”, completou o ministro.
Barroso também comentou sobre a divisão entre direita e esquerda. Segundo ele, a vida não pode ser dividida entre esses extremos e sim entre pessoas íntegras, competentes e de bom caráter.
“Eu não divido a vida entre direita e esquerda. Eu divido entre pessoas íntegras, competentes e de bom caráter. A existência de pontos de vista divergentes é desejável na vida”, afirmou.
“Bastar-se a si mesmo é a maior solidão”, concluiu citando Vinícius de Moraes.