Junts per Catalunya, o partido do independentista Carles Puigdemont, cujo apoio parlamentar foi essencial para a última investidura de Sánchez, pediu uma “reunião urgente” com os socialistas para avaliar a “viabilidade” da legislatura.
Para Paloma Román, cientista política da Universidade Complutense de Madri, “no final, a única saída que restará” a Sánchez para reconduzir seu mandato é submeter-se a uma “moção de confiança” no Congresso.
“O que Sánchez tem que fazer agora é acalmar as críticas dos aliados, dando-lhes mais informações e indo para a moção de confiança”, assegura a analista à AFP.
Uma opção que, por enquanto, o Governo não considera.
“O presidente do Governo tem que continuar conquistando a confiança todos os dias, como está fazendo (…) Ele tem a obrigação de levar adiante seu programa eleitoral, de não decepcionar milhões de pessoas que votaram nele”, afirmou nesta sexta-feira na rádio Cadena Ser Óscar López, um ministro socialista próximo a Sánchez, evasivo ao ser questionado sobre a possibilidade de uma moção de confiança.
– O fator extrema direita –
A vantagem que por enquanto Sánchez tem, continua Román, é que a ferramenta que a oposição possui para provocar a queda do presidente do Governo, uma moção de censura no Parlamento, não é viável, já que não conta com apoio suficiente para ser bem-sucedida.