Um grupo de advogadas protocolou uma solicitação à diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT), pedindo o afastamento cautelar do conselheiro estadual Reinaldo Américo Ortigara. Elas alegam que suas condutas de violência contra mulheres são repetidas e incompatíveis com a ética esperada de um advogado, especialmente de um integrante da OAB. O pedido foi registrado na manhã de sexta-feira (20) na sede da instituição.
A responsabilidade pela análise do pedido recai sobre a presidente da OAB-MT, conforme estabelecido no regimento interno. “O Conselho Federal da OAB reconheceu a autoridade do presidente da seccional para aplicar a suspensão cautelar como uma medida urgente. Portanto, com base no art. 32, v, do RI OAB/MT, a presidência pode decidir sobre o afastamento do conselheiro”, afirmaram as advogadas.
Após a presidente da subseção de Sinop, Xênia Guerra, destacar a falta de ação da presidente Gisela Cardoso em relação à postura de Ortigara, o caso ganhou destaque na mídia nacional. Reportagens de veículos como O Globo, Isto É, UOL e Jovem Pan trouxeram à tona a inércia da OAB-MT em agir após quase seis meses de representação contra o conselheiro.
Xênia enfatizou a urgência de uma resposta da presidente da Ordem, mencionando a existência de provas das agressões cometidas por Ortigara contra mulheres. “Não podemos permitir que a nossa Ordem seja manchada pela conduta de um conselheiro que, de maneira persistente, pratica violência e tenta intimidar advogadas por mensagens privadas”, declarou.
A legislação brasileira caracteriza como violência política de gênero qualquer ato que busque obstruir os direitos políticos das mulheres.
Fonte: MT Destaque
