Reprodução/ Montagem
A vítima afirmou que o suspeito apagou as conversas pelo WhatsApp e que, entre as mensagens, havia ameaça direta
Reprodução/ Montagem
A vítima afirmou que o suspeito apagou as conversas pelo WhatsApp e que, entre as mensagens, havia ameaça direta
DO REPÓRTERMT
O sargento do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) Eduardo Soares de Moraes, preso acusado de se passar pelo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para a entrega de um envelope com R$ 10 mil em espécie, chegou a ameaçar o motorista de aplicativo que fez o transporte do dinheiro. O fato consta na decisão que converteu a prisão em flagrante para preventiva, proferida nesta quinta-feira (14) pelo juiz Marcos Faleiros.
Segundo depoimento do motorista por volta das 20h16 do dia do flagrante (12), ela recebeu ligações e mensagens do número identificado como “Eduardo F”, questionando onde estava e se o dinheiro ainda estava com ele. A vítima afirmou que o suspeito apagou as conversas pelo WhatsApp e que, entre as mensagens, havia ameaça direta: “era para devolver o dinheiro, senão estaria ferrado, e que se sumisse, Mato Grosso inteiro estaria atrás”. Ele disse ainda que não sabia quem estava por trás da cobrança e que teme por sua integridade física.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Leia mais – Juiz mantém prisão de PM que mandou entregar envelope com dinheiro no TJ em nome de presidente
Para o magistrado, a atitude demonstra clara tentativa de intimidar e silenciar a testemunha, e por consequência, obstruir a instrução criminal, reforçando a necessidade da prisão preventiva para garantir a “persecução penal sem pressões ou coações indevidas”.
O caso ocorreu na terça-feira (12), quando Eduardo Soares foi filmado no estacionamento do Fórum de Cuiabá entregando o envelope ao motorista, que deveria levar a encomenda até o Tribunal de Justiça. O policial teria usado o nome e a foto do presidente do TJ, desembargador José Zuquim Nogueira, para solicitar a corrida.
Ao chegar ao TJ, ninguém apareceu para receber o envelope, o que despertou a desconfiança do motorista, que acionou a segurança. Dentro do pacote, havia notas de R$ 200, R$ 100 e R$ 50, totalizando R$ 10 mil. Zuquim foi informado do caso e negou qualquer envolvimento. Em nota publicada, o chefe do TJ disse ainda estar “estarrecido” com a situação.
Imagens das câmeras de segurança do Fórum ajudaram a identificar o policial, que foi preso em flagrante. Ele estava em um Corolla prata e acompanhado de uma mulher.