“O crack é mais seguro do que o álcool? Provavelmente” – Hunter Biden, filho do ex-presidente americano Joe Biden, discutindo sua experiência com as drogas. Faz sentido. Afinal, o alcoolismo ainda permite que uma figura pública continue viajando ao exterior para falar besteiras e envergonhar seu país.
“Eu sou filho do Marcinho [VP], seus filhos da p*” – Oruam, artista, após fugir da polícia para se refugiar em área controlada pelo CV. A saudade era tanta que, ao que tudo indica, ele resolveu antecipar a visita de Dia dos Pais deste ano.
“Governador lança suspeitas sobre o Judiciário e a democracia, o que verdadeiros estadistas não fazem” – editorial do Estadão sobre Tarcísio Gomes de Freitas. Por esse critério, os únicos “estadistas” que restam no Brasil de hoje estão nos DCEs, nas carceragens e nas redações de jornal.
“Só se houver algum clube que tenha interesse por outro motivo e não para jogar futebol competitivo” – José Luiz Runco, médico do Flamengo, em áudio vazado onde comenta possível venda do atleta De La Cruz. Dizem que, ao ouvir o áudio, a diretoria do Santos já teria começado a redigir o pré-contrato.
“Vamos forjar uma Nação” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Depois de forjar o currículo, uma campanha presidencial e a meta fiscal, forjar uma Nação inteira parece ser seu próximo e mais ambicioso projeto.
“Inventado um novo posto nas relações internacionais: o antiembaixador, lotado no exterior para representar contra o próprio país” – Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação, criticando Eduardo Bolsonaro. Uma injustiça com Celso Amorim, que ocupa o cargo com galhardia há anos, defendendo com unhas e dentes os interesses… de ditadores amigos.
“Você quer ser uma branca loira, mas você não é” – Antônia Fontenelle, atriz, sobre Erika Hilton. A denúncia é grave, mas parece ser só a ponta do iceberg. Se Erika Hilton não é branca e loira, o que mais estaria escondendo?
“Corinthians tem queda de público com reconhecimento facial. Coincidência?” – pergunta Paulo Vinícius Coelho, comentarista de futebol. Se instalarem esse sistema nos comícios do Lula, suspeito que o estádio do Corinthians vá parecer lotado em comparação.
“Tu não é machão? Então vai lá encontrar a gente no vestiário agora” – Neymar, discutindo com torcedor após derrota do Santos. Pô, Menino Ney, procurando macho na arquibancada? Quem te viu, quem te vê…
“E daqui eu vou para a cadeia” – Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, ao término de entrevista em que criticou Moraes. A coragem da oposição chapa-branca é comovente.
A Semana do Molusco
“Eu não vou entregar esse país de volta para aquele bando de malucos” – Lula, em comício de pré-campanha. Se depender dele, a nação seguirá nas mãos de gente ajuizada, cujos delírios são todos democráticos.
“Agora vai depender da nossa capacidade de construir a narrativa correta do que ele representa para o Brasil” – Lula, sobre planos para derrotar o bolsonarismo em 2026. Seu ministro da Fazenda, talvez mais direto ao ponto, diria que é preciso “forjar” uma narrativa.
“A democracia liberal não foi capaz de responder aos anseios contemporâneos. Cumprir o ritual eleitoral a cada 4 anos não é mais suficiente” – Lula, em discurso no Chile. Pelo bem da democracia, talvez tenhamos que abrir mão das eleições.
“Pague pelas m*rdas que fez. Aqui tem Justiça” – Lula, atacando Jair Bolsonaro em mais um de seus comícios. Se beber, não presida.
“Ele vai pro xilindró” – Lula, sobre Bolsonaro. Como você sabe? Ele te pediu algumas dicas?
“Se ele estiver trucando, ele vai tomar um ‘seis’” – Lula, ameaçando Trump com guerra comercial. Lula está mudando o jogo: saiu do xadrez e foi pro truco.
STF: Sanções, Tarifas e Fake News
“Ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados, assim como de seus familiares, com efeito imediato” – Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, ao impor sanções contra autoridades brasileiras. Imagina o quanto João Doria vai economizar, trocando o convescote pós-eleitoral de Nova York por um churrascão em Carapicuíba no ano que vem?
“A JUSTIÇA É CEGA MAIS [sic] NÃO É TOLA!!!!!” – Alexandre de Moraes, ministro do Supremo (STF-SP), ostentando toda a sua fleuma e eloquência em decisão repleta de erros de português. Talvez ele simplesmente não tenha “visto”, coitado.
“Ficar fora de uma lista de sancionados não é motivo de alívio, mas de vergonha” – Daniela Lima, blogueirinha, defendendo suas fontes do zapzap. No passado a honra era ter o nome na lista da Odebrecht, hoje ser sancionado pela maior democracia do mundo é motivo de orgulho. Virar persona non grata, então, é o Santo Graal.
“Como o país derrotou o terrorismo, evitou um golpe de Estado e o papel desempenhado pelo STF” – Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo (STF-RJ), promovendo texto publicado em seu bloguinho. Quando defendia o terrorista Cesare Battisti, de que lado da trincheira vossa excelência se encontrava?
“Hoje Luna mora no Brasil e trabalha no escritório do pai” – informa o UOL, ao desmentir que a filha de Barroso mora nos EUA. Mirou no incidente diplomático, mas acertou na prevaricação.
“Sempre teremos Paris” – suposto Ministro do STF, ironizando sanções americanas. Paris, na França, talvez. Paris, no Texas, já não pode. Mas, com o real desvalorizado, o jeito vai ser trocar o iPhone na 25 de março, próxima ao Pari, em São Paulo.
“O Mickey precisará superar minha ausência” – mais um Ministro Misterioso do STF, se manifestando fora dos autos. Ótimo, além de todos os nossos problemas, agora temos um ministro do Supremo com complexo de Minnie Mouse.
“Não estamos comentando esse assunto” – Luís Roberto Barroso, sobre perda de visto americano. Olha só, finalmente exibindo algum decoro. Nada como uma boa medida socioeducativa para colocar as coisas no eixo.
“Moraes não é imparcial, mas decisões são fundamentadas” – Walter Maierovitch, jurista. Tá errado, mas tá certo.
“STF tem que evitar ser percebido como parcial” – Pablo Ortellado, ongueiro. Ele está vendo chifre em cabeça de bode.
“Decisões abusivas como a de Moraes só reforçam a percepção de que o STF age por motivações políticas” – editorial do Estadão, criticando medidas cautelares impostas a Jair Bolsonaro. Gente, vamos parar de procurar agulha no agulheiro.
“Comentários desativados” – mensagem em vídeo do Perfil do STF no YouTube, com o depoimento de Filipe G. Martins. Impossível ser mais didático.
“Pensamento meu” – General Mario Fernandes, preso pelo inquérito do “golpe”, sobre plano para derrubar Lula. Olha, se forem prender todo mundo que pensa assim…
O Inimigo do Norte
“Nunca faltou coragem aos membros do STF para repudiar as agressões contra os inimigos da Soberania nacional, sejam nacionais ou estrangeiros” – trecho da decisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo (STF-SP), declarando os EUA como inimigos. Não falta coragem? Então saia na rua sem escolta…
“Negociação com revólver na cabeça” – Celso Amorim, o Rasputin brasileiro, sobre o tarifaço. Vossa Excelência descreve a técnica com notável familiaridade. Onde foi que aprendeu, em Caracas ou Teerã?
“Por 500 anos [os EUA] nos escravizaram, nos exploraram e nos deixaram de joelhos” – Maria Beatriz Lula da Silva, neta de Lula, sem ocupação definida, criticando os EUA, país que completa 250 anos ano que vem. A genética é implacável.
“O Brasil é hoje mais democrático que EUA” – Steven Levitsky, autor de Como as democracias morrem. Professor, então mude para cá venha desfrutar pessoalmente da nossa pujante democracia. Só não esqueça de instalar um VPN antes de embarcar.
Tornozelo de Aquiles
“Olha a tornozeleira aí, gente!” – Fafá de Belém, cantora, comemorando medidas cautelares contra Bolsonaro durante show. Quem vive na coleira não tem moral para rir da tornozeleira alheia.
“Se houver um cenário de terra arrasada, pelo menos eu estarei vingado” – Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado (PL-SP), sobre potenciais efeitos do tarifaço. Você é filho do Bolsonaro ou neto do Maquiavel?
“Medida de Moraes a Bolsonaro foi apropriada, desejável e necessária” – Josias de Souza, colunista do UOL. Concordo. Apropriada para um estado de exceção.
“Você pode colocar uma tornozeleira em um homem, mas não na vontade de uma nação” – Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, solidarizando-se com o povo brasileiro após ataques do STF a Bolsonaro. Por favor, Orbán, não dê ideia.
“Vocês sabem que não posso falar” – Jair Bolsonaro, se dirigindo a jornalistas após mordaça imposta por Alexandre de Moraes. Falou e disse.
“Jair Bolsonaro não está proibido de dar entrevistas, mas sim de usar as redes sociais, diretamente ou por terceiros” – explica Alexandre Zamboni, professor de direito criminal. Ou seja, o STF manteve a liberdade de expressão do Bolsonaro. Mas somente para consumo próprio.
Psicopata (Sem Visto) Americano
“Moraes, não tinha só que sofrer impeachment e ser preso, não. Precisa ser internado porque é um psicopata” – Domingos Sávio, deputado federal (PL-MG). Não sou psiquiatra, porém discordo do diagnóstico. Dizem que os psicopatas costumam ter QI alto e agir com frieza, o que, convenhamos, não é o caso.
“Alexandre de Moraes é só uma carcaça, ali dentro tem uma entidade de alta patente com uma mente de psicopata” – Magno Malta, senador (PL-ES). Acho que primeiro deveríamos tentar um contato direto com a entidade. Talvez ela seja mais razoável que a carcaça. É preciso esgotar as vias diplomáticas antes de medidas extremas.
“Eu teria que colocá-lo em um divã” – Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF, perguntado se poderia explicar ações de Moraes. Ou então, podemos pular a terapia e ir direto pro exorcismo.
Memória
“Eu vou recomendar ao ministro Barroso que feche o seu escritório de advocacia” – Gilmar Mendes, ministro do Supremo (STF-MT), atribuindo prática ilegal ao colega, em março de 2018. Se não fechar, pelo menos chame de “instituto”, para manter as aparências.
