O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), demonstrou insatisfação com os resultados apresentados pela Secretaria Municipal de Educação e afirmou que, caso não haja melhorias, pretende intensificar parcerias com a iniciativa privada. A declaração foi feita nesta quinta-feira (17), durante visita à Câmara Municipal.
“Estou muito insatisfeito com os resultados da Educação no município de Cuiabá. Muito insatisfeito. Os sindicatos e as classes que atuam nesse setor, especialmente os que estiveram aqui na Câmara, são muito eficientes para cobrar direitos, mas ineficazes quando o assunto é apresentar resultados”, afirmou Abilio, referindo-se, entre outros pontos, ao pagamento do terço de férias dos servidores da educação — que, ao contrário da maioria dos trabalhadores, possuem 45 dias de férias por ano, conforme prevê a legislação.
O gestor também criticou a postura do sindicato que representa os profissionais da área. Segundo ele, a categoria optou por priorizar ganhos salariais, em detrimento de melhorias estruturais para as escolas.
Além disso, o prefeito apontou a existência de possíveis irregularidades na utilização dos recursos destinados à manutenção das unidades escolares. “Foram identificados indícios de fraudes nas contas de algumas escolas”, disse.
Abilio prometeu intensificar as cobranças por resultados. “Este será um ano de muita cobrança. Se a Educação em Cuiabá não evoluir, vou buscar cada vez mais parcerias com a iniciativa privada e reduzir as relações com sindicatos e militantes que, infelizmente, têm contribuído para os péssimos índices que enfrentamos.”
Atualmente, a prefeitura investe cerca de R$ 1 bilhão por ano na educação municipal, valor que, segundo o prefeito, não tem se traduzido em qualidade de ensino. “Cuiabá está na 19ª posição entre as capitais com melhor educação. Quase metade dos alunos não é alfabetizada na idade adequada, e 46% chegam à rede estadual sem saber o básico em matemática e língua portuguesa”, destacou.
O prefeito também comparou os investimentos públicos com os da rede particular. “Gastamos mais do que a maioria das escolas privadas, que conseguem obter resultados muito melhores. Talvez fosse até mais barato e eficiente colocar as crianças na rede privada”, finalizou.
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