Os desastres causados por chuvas extremas afetaram, em média, 3,2 milhões de pessoas por ano no período 2020-2023, em comparação com cerca de 43.000 na década de 1990, um impacto humano 74 vezes maior.
“Esse aumento não apenas evidencia a frequência crescente, mas também a gravidade dos desastres climáticos relacionados com as chuvas”, indicou Ronaldo Christofoletti, do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo, que participou do estudo. Os dados “reforçam a necessidade urgente de implementar medidas de prevenção e adaptação, visando a proteger as comunidades vulneráveis e mitigar os impactos desses eventos extremos”, acrescentou.
As enchentes causaram prejuízos milionários ao país, principalmente na agricultura, que representou 47% das perdas, segundo o estudo. Em 2024, as enchentes e a seca impactaram a produção agrícola, elevando os preços dos alimentos e forçando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a tomar medidas para controlar a inflação.
O Brasil vai sediar em novembro, em Belém, a COP30, maior conferência contra as mudanças climáticas.