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Cuiaba - MT / 4 de julho de 2025 - 19:40

Frases da Semana: “Tem uma mortezinha daqui, outra dali”

“‘Ganha-ganha’ é uma proposta idealista e romântica ao ‘mata-mata’” – Juca Kfouri, jornalista esportivo, pregando uma novilíngua para o futebol. E por que parar aí? Podemos trocar “carrinho” por “carrinho elétrico”, que é mais ecológico, e “drible da vaca” por “pedalada fiscal”, que é mais politicamente correto.

“Zero o risco de encontrar algum bolsominion” – Juca Kfouri, sobre as vantagens de visitar a Feira do Livro. Ele provavelmente passou o tempo todo na seção de livros para colorir. 

“Eu acho que a Europa está indo num caminho errado, totalmente dependente dos EUA e, para a minha surpresa, de Israel” – Celso Amorim, chanceler brasileiro. Em vez de seguir nosso exemplo brilhante de política externa, que flerta com o que há de mais moderno… no século passado. 

“É um sujeito servil a interesses externos” – Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, sobre Jair Bolsonaro. Ela passaria mais credibilidade se não pronunciasse “interesses” com sotaque chinês.

“Me lasquei muito sozinha” – Dani Calabresa, comediante, sobre resultado das denúncias de assédio contra o colega Marcius Melhem. Se servir de consolo, o mérito foi todo seu. 

“Sempre que eu entrava em cena, pedia licença para Maria Bonita e para todas as cangaceiras” – Isadora Cruz, atriz, sobre gravações da novela “Guerreiros do Sol”. Dizem que eles chegaram a perder um dia de gravação porque o espírito de Maria Bonita baixou e mandou avisar que estava “sem cabeça pra isso hoje”. 

“As redes sociais ainda são um enorme problema para a humanidade e para o futuro da civilização” – William Bonner, apresentador de TV. Para o bem da sociedade, a divulgação de fake news deveria ser um monopólio de profissionais diplomados. 

“O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior não pode ser custeado com recursos públicos” – nota do Itamaraty, rejeitando responsabilidade em repatriar jovem brasileira que perdeu a vida em trilha na Indonésia. Antes de viajar, confira se está levando o passaporte, seguro-viagem e sentença de condenação na Lava Jato – caso precise de uma evacuação de emergência em avião da FAB.  

“E se você não estiver se sentindo bem e precisar fazer sexo? Deveria ser um serviço oferecido pelo sistema público de saúde” – Emma Thompson, atriz britânica. Nosso correspondente em Londres informa que já tentou agendar o serviço, mas só conseguiu vaga para abril de 2036.  

“Alta da Selic a 15% foi contratada por Campos Neto” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda, culpando ex-presidente do BC pelo caos econômico do país. Mesmo com a alta dos juros, essa desculpa continua rendendo mais que o CDI. 

“Se você é o carreteiro que levou a mulher do índio, que venha devolver, porque a BR precisa ser liberada” – apelo da Rádio 97FM no Maranhão. Sempre achei que protesto com bloqueio de estrada era coisa de corno. Neste caso, literalmente. 

Ideologia de gênero, número e grau 

“Pela primeira vez na História, machismo é maior entre mais jovens” – Laura Bates, pesquisadora inglesa. Quer dizer que todos esses anos acusando os homens de serem tudo o que há de pior no planeta não diminuiu o machismo? Que surpresa. 

“Pessoas grávidas – isto é, ‘mulheres’ – e aquelas com comorbidades precisam tomar cuidados especiais no calor” – Martine Croxall, âncora da BBC britânica, corrigindo o teleprompter ao vivo. Tentamos localizar um homem grávido para comentar o incidente, mas até agora não obtivemos sucesso. 

“Nós, mulheres, não passamos por discurso de ódio; é discurso de ‘ódia’” – Carmén Lúcia, ministra do Supremo (STF-MG) e poetisa amadora, alegando sofrer suposta misoginia nas redes. A juíza ainda teria se declarado “meia” cansada com essa situação e sonhar com uma sociedade com “menas” intolerância. 

Cantanhêdando e andando 

Tem uma mortezinha daqui e outra ali, 23 feridos daqui e 40 ali, mas feridos. Isso é o tipo de míssil ou tipo de edificação de Israel que soa mais poderosas? Eu não consigo entender porque essa guerra o Irã atinge o alvo e não mata ninguém.  

Eliane Cantanhêde, jornalista de extrema-esquerda, criticando a baixa letalidade dos ataques iranianos a Israel. E aquele caso Anne Frank? Que amadorismo das autoridades terem levado dois anos para achar uma menina no sótão do pai.

“Não sou um monstro que ‘lamenta‘ poucas mortes, mas é importante entender por que os ataques do Irã são menos mortais que os israelenses” – Eliane Cantanhêde, numa primeira tentativa de desculpa que não convenceu ninguém. Ela é apenas uma sommelière de massacres: “Esta safra de mísseis iranianos veio pouco encorpada, decantou muito devagar e acabou deixando muitos resíduos… nota seis e meio.” 

“Depois de rever a gravação, reconheço que me expressei mal” – Eliane Cantanhêde, na segunda tentativa de pedido de desculpas. Ela se expressou mal – o que acontece muito quando abre a boca. 

Cessar-fogo 

“Quando olho para a destruição na Faixa de Gaza, fico imaginando o Brasil que nós encontramos” – Lula. Deve ser mesmo horrível viver em um lugar que sofre com décadas de governo de uma organização corrupta de extrema-esquerda, com notórias alianças com ditadores e terroristas.

“Hegseth se referiu aos pilotos como ‘nossos meninos nesses bombardeiros’, embora mulheres também possam pilotar esses aviões” – John Ismay, jornalista do The New York Times, criticando fala do secretário de Defesa americano após bombardeio do Irã. Além de serem homens crescidos, e não meninos, nos aviões. 

“Você acha que sou burro de ir a um país em guerra?” – Álvaro Damião, prefeito de BH (União-MG), após ficar preso em Israel durante ataque do Irã. Não acho. Tenho certez…

“Acabou a ordem mundial” – Celso Amorim, sobre ataque dos EUA ao Irã sem consulta à ONU. Comunicamos o falecimento da Ordem Mundial. O enterro será no Cemitério das Utopias, jazigo 171, entre os túmulos do Socialismo Real e o do PSDB. 

“Temos dois países que não sabem que m* estão fazendo” – Donald Trump, presidente americano, criticando quebra do cessar-fogo entre Irã e Israel. Se já está bravo assim, imagine quando tiver que lidar com Maduro e Lula. 

“O ‘papai’ às vezes precisa falar grosso” – Mark Rutte, secretário-geral da OTAN, se referindo a Donald Trump como “daddy”. Faltou só esclarecer se, nessa relação, ele se vê como “júnior” ou “sugar baby”. 

“Parabéns pela vitória sobre o falso regime sionista” – Aiatolá Ali Khamenei, ditador iraniano. Esse aí comemoraria até o gol do Oscar no 7 a 1. 

Cantinho das heresias 

“Por que Jesus se tornou tão grande a ponto de, ainda hoje, ter bilhões de seguidores em todas as partes do planeta?⁠” – pergunta a BBC News Brasil, braço de propaganda do governo britânico. Dizem que é porque o Pai dele é muito influente… 

“Jesus não é, e nunca foi, 100% Deus” – Monark, youtuber. Parece que ele confundiu os arianismos. 

Fora dos autos 

“Fui a primeira voz relevante que apontou que o rei estava nu” – Gilmar Mendes, ministro do Supremo (STF-MT), se orgulhando de seu papel em destruir a Lava Jato. De quebra, já expediu um habeas corpus preventivo para livrar o rei da prisão por atentado ao pudor. 

“Depois de milhares de denúncias recebidas, o Chega! irá fazer uma investigação própria à influência, patrimônio e rede de interesses de Gilmar Mendes, em Portugal” – André Ventura, presidente do Chega!, partido conservador português. É, parece que os portugueses vão descobrir que o suborno no Brasil evoluiu muito desde os espelhinhos e miçangas… 

“Vivo aterrorizada com a censura dos últimos tempos no Brasil” – Cármen Lúcia, ministra do Supremo (STF-MG). Afinal, sempre chega o dia em que a criatura se volta contra o criador. 

“É uma honra receber a notícia de que fui eleito para uma das cadeiras da Academia Brasiliense de Letras” – Gilmar Mendes, ministro do Supremo (STF-MT). Posso estar enganado, mas não é ele o autor do clássico “Grande Balcão: Sentenças”? 

“O ministro Alexandre levou aquilo com uma tranquilidade estupenda, o que revela um viés de estadista” – Michel Temer, ex-presidente preso por corrupção, sobre atuação de ministro do STF durante depoimento de Jair Bolsonaro. Se Moraes é um estadista, só resta saber de qual estado estamos falando: o de sítio, o de exceção ou o de desespero. 

“Não se pode permitir que haja 213 milhões de pequenos tiranos” – Cármen Lúcia, defendendo a censura das redes. Onze grandes tiranos já são mais do que suficientes. 

Barba, cabelo, bigode e maquiagem 

“Aproveitei que estava em atividades políticas em Portugal e vim para Paris ver a queen Beyoncé” – Erika Hilton, membro da Câmara dos Deputados (PSOL-SP), justificando tour pela primavera europeia. Tenho a impressão de que Erika está escondendo algo que pode crescer e lhe causar muito constrangimento se vier a público.

“São dois secretários parlamentares. Conheci eles como maquiadores, identifiquei outros talentos e os chamei para trabalhar comigo. Quando podem, fazem minha maquiagem” – Érika Hilton, admitindo contratação de maquiadores com verba do gabinete. Pelo visto, o talento de usar verba pública com probidade não foi um dos identificados. 

“Erika Hilton registrou seus maquiadores no gabinete, assim como Jair Bolsonaro registrou sua caseira em gabinete” – Felipe Moura Brasil, blogueiro. Tudo me lembra de você… 

A Semana do Cephalopoda 

“O Lula deveria pedir perdão aos aposentados” – Luiz Antônio de Medeiros, sindicalista e ex-deputado federal. É crueldade obrigar os aposentados a enfrentar mais uma fila enorme para receber outro serviço ruim e feito de má vontade. 

“Para os jovens, Lula é o sistema” – Thomas Traumann, ex-porta-voz de Dilma Rousseff. Para os jovens, para os velhos, para o mercado, para a oposição e, principalmente, para os companheiros. 

“Falta de povo” – Lula, justificando cancelamento de comício em galpão do MST. Pelo lado bom, se não tem plateia, também não tem vaia.  

“Brasil já perdeu 94% da população de jumentos e risco de extinção é iminente” – manchete da revista Forbes. Que coisa, a impressão é justamente que essa população não para de crescer. 

“Ninguém está falando em paz, só eu que tô gritando paz, como se estivesse isolado no deserto” – Lula, sobre as tensões no Oriente Médio. Parece que os comícios andam vazios mesmo. 

“Lula e Trump testam forças em eleição estratégica” – Jamil Chade, colunista do UOL, sobre Brasil e EUA apoiarem candidaturas rivais na OEA. É o Whindersson Nunes vs Popó da diplomacia internacional. 

Memória 

“Vocês são negros, não adianta colocar cabelo liso na cabeça e tentar disfarçar a negritude de vocês” – Erika Hilton, em dezembro de 2020. A coerência em pessoa. Ou melhor, em personagem.

Ari Fusevick é brasileiro não-praticante. Escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter “Livre Arbítrio” e do livro “Primavera Brasileira“.

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