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Cuiaba - MT / 22 de junho de 2025 - 4:46

Bom para memória? Cientistas descobrem alimento capaz de regenerar neurônios 

Cientistas da universidade de Queensland, na Austrália, investigaram com sucesso as propriedades regenerativas do cogumelo Hericium Erinaceus para o cérebro. De acordo com a descoberta publicada em um artigo em 2023, compostos da popular “Juba de Leão” ou “Melena de Leão”, podem ser funcionais no crescimento e ramificação dos neurônios.

Os benefícios para a memória podem ter potencial no tratamento de doenças neurodegenerativas como as demências, tipo o Mal de Alzheimer. “Testes clínicos nos extratos dos cogumelos descobriram que eles têm impactos significativos no crescimento das células cerebrais e na memória”, disse o Professor Frederic Meunier, do Queensland Brain Institute, em entrevista ao site oficial da faculdade.

Utilizando um microscópio superpotente para apurar os resultados, a pesquisa isolou compostos ativos do cogumelo, especialmente a hericena A e a NDPIH, demonstrando que ativam uma via de sinalização crucial para o crescimento neuronal e a plasticidade das sinapses – a transmissão de informações entre os neurônios.

“Nossa ideia foi identificar os componentes bioativos naturais que poderiam chegar ao cérebro e regular o crescimento dos neurônios, resultando em uma melhor formação da memória”, afirmou à entrevista o coautor do estudo, Dr. Martinez-Marmol.

Testes realizados em ratos mostraram o potencial do alimento natural em uma melhora da memória espacial, ou a capacidade de memorizar lugares e a localização de objetos. Os achados foram publicados no “Journal of Neurochemistry”.

Como o Hericium Erinaceus atua no cérebro? 

A pesquisa concluiu que o Hericium Erinaceus atua através de uma nova via de sinalização pan-neurotrófica, levando a um desempenho cognitivo melhorado. Os percentuais de melhora variam de 100% a 400% nas conexões nervosas dos modelos pesquisados.

Os achados reforçam que vários compostos extraídos do fungo protegem contra o declínio cognitivo relacionado à idade em camundongos selvagens e em modelos de camundongos com doença de Alzheimer.

Ilustração de um cérebro na cor roxa, para o estudo do Hericium Erinaceus.O potencial do alimento mostrou uma melhora da memória espacial, ou a capacidade de memorizar lugares e a localização de objetos. (Foto: Foto: Google DeepMind | Unsplash)

Os autores sugerem que a administração de hericene A de H. Erinaceus pode ser útil para melhorar a função cerebral e as patologias relacionadas a distúrbios neurodegenerativos, como o Alzheimer.

O alimento é um suplemento tradicional

O Hericium erinaceus é conhecido tradicionalmente por seu perfil neurotrófico e possui numerosos componentes bioativos, como polissacarídeos, erinacinas, hericerinas, hericenos, entre outros.

Há muito tempo os cientistas verificam fortes efeitos neurotróficos dos extratos de H. Erinaceus, como as hericenonas e erinacinas, com a capacidade de atravessar com sucesso a barreira hematoencefálica e ajudar na regeneração de conexões neurais perdidas.

O cogumelo ficou ainda mais badalado no ano passado, quando a supermodelo Gisele Bündchen divulgou em suas redes sociais sua suposta relação com ele na luta contra a depressão.

Recomendações e cuidados com o uso do Hericium Erinaceus

Os testes foram realizados tanto in vitro quanto em modelos de animais vivos com lesões dos nervos, acidentes vasculares cerebrais e condições do cérebro – incluindo as demências relacionadas ao envelhecimento cerebral.

Apesar do potencial, os cientistas alertam que são necessários estudos adicionais para testar a hipótese para além de qualquer dúvida.

A forma mais adequada e recomendada por especialistas para a preservação da saúde cerebral é um conjunto de hábitos saudáveis que incluem sono regular, exercícios físicos e alimentação adequada.  

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Cuiaba - MT / 22 de junho de 2025 - 4:46

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