Andressa Anholete/STF
Para tomar a decisão, Zanin assumiu os autos de uma outra investigação, a Operação Maximus
Andressa Anholete/STF
Para tomar a decisão, Zanin assumiu os autos de uma outra investigação, a Operação Maximus
DO REPÓRTER MT
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por 60 dias o inquérito da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal, que investiga um esquema de venda de sentenças judiciais e vazamento de dados sigilosos em tribunais estaduais. A ação aconteceu em Mato Grosso, Tocantins e Mato Grosso do Sul.
O esquema veio à tona após o assassinado do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá. A Operação Sisamnes já teve nove fases.
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Zanin acolheu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apontou “a presença de elementos indiciários que justificam tanto a prorrogação do prazo de inquérito quanto a manutenção da competência do STF para supervisionar as investigações”.
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Para o ministro, o aprofundamento das investigações “poderá descortinar a presença de elementos denotativos de correlação com a dinâmica criminosa objeto de apuração no contexto da denominada Operação Sisamnes”.
Para tomar a decisão, Zanin assumiu os autos de uma outra investigação, a Operação Maximus, então sob relatoria do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça.
Zanin acolheu a manifestação da PGR, segundo a qual essa nova fase da investigação deve ser realizada sob a supervisão do STF, “por cautela e economia processual, de modo a evitar potenciais novos deslocamentos entre instâncias jurisdicionais”.
Caso Zampieri
Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro de 2023 em frente ao seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Na época, as investigações da Polícia Civil de Mato Grosso apontaram que o financiador do crime seria Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, coronel do Exército aposentado.
Caçadini teria contratado Antônio e Hedilerson para matar Zampieri.
Ainda segundo investigações, Antônio chegou na capital e procurou Zampieri com o falso pretexto de contratá-lo como advogado. Eles marcaram uma reunião em uma propriedade rural, onde Antônio pretendia matar Zampieri com uma marreta. No entanto, neste dia a vítima enviou outra pessoa em seu lugar, frustrando os planos de Antônio.
Com isso, o executor pediu a Hedilerson uma arma de fogo e executou Zampieri na noite do dia 5 de dezembro, após o advogado deixar o escritório e entrar em seu carro.
Segundo a polícia, o crime teria sido encomendado por Aníbal Manoel Laurindo e o motivo seria uma disputa de terras.