Se um dia novas tarifas forem aplicadas, o Brasil terá assim instrumentos para reagir e garantir mecanismos de reciprocidade.
Outro caminho era mostrar que o país inteiro seria afetado, com o aço no Sudeste, madeira no Sul e etanol no Nordeste. Um eventual ataque contra a agricultura ainda abalaria o Centro-Oeste e, portanto, a base bolsonarista.
Um terceiro caminho é buscar uma negociação com os EUA, cientes de que a relação com o governo Trump é também determinante para os embates políticos internos no Brasil, principalmente em 2026.
A escolha foi por uma estratégia não confrontacionista. Assim, o governo enviou uma missão para Washington.
Em Brasília, o tom é de “reajuste” da política externa diante dos desafios colocados por Trump. Essas são as apostas do país para novos acordos:
UE- Mercosul
Para o segundo semestre, o Brasil espera conseguir anunciar a ratificação do acordo comercial com a UE, numa cúpula organizada no final do ano no país. A expectativa de Brasília é de que, diante da crise entre a Europa e os EUA, Bruxelas acelere sua postura favorável ao acordo. Para que seja aprovado, porém, ele precisa de 15 dos 27 países do bloco.